terça-feira, 22 de novembro de 2011

aravia

Ê tristeza que bate no peito,
solidão sem jeito...
Cadê meu caminho aberto?
Onde foi parar a ideia de que dará tudo certo?
Nesse quarto vazio estou, pensando como fazer pra voltar no tempo.
Tentando descobrir uma forma, quem sabe até de manipular um pouco.
Seria bom saber jogar um jogo de vidas.
Escuto música. Seu ritmo, misturado ao barulho da chuva lá fora me traz uma sensação de paz.
Imagino-me dançando como aquelas dançarinas profissionais, que jogam seus quadris de um lado pro outro, mexendo suas mãos levemente ao redor de seus corpos e cabeças e encantam a todos com seus movimentos sensuais e delicados.
Ao mesmo tempo tento controlar a raiva que estou sentindo...
Que está querendo se apoderar de meu corpo e ir atrás dos que a fizera aflorar.
Ouço pessoas chorando ao meu redor, gritando como se um furação estivesse entre elas, isso me angustia. Sindo sensações estranhas, como se também estivesse nesse meio.
A música então vai acelerando, mudando seu ritmo.
Junto a ela minha angústia aumenta, minha paz vai passando e minha raiva crescendo junto ao meu desespero.
Começo a lembrar de cenas que me machucam, a pensar em situações que poderiam ter sido diferentes e depois em mais coisas cada vez piores. Eu choro, me levanto, ando de um lado pelo outro e deito novamente. Quero gritar o mais alto que consigo mas não posso.
Talvez por não saber o que fazer depois ou por não ter um lugar onde ninguém irá ouvir meus gritos de terror.
Porque mesmo sem querer eu escuto a todos? Cadê os que irão escutar por mim?
Estou seguindo meu rumo nessa estrada vazia... até sumir. Nao me espere.

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